quinta-feira, 11 de maio de 2017

A melhor mãe que eu consigo ser!

Ilustração linda da Camila Conti - quadro que ganhei de presente
por ter conseguido chegar aos 6 meses de amamentação da Pediatra
do Gui, a Dra Vânia. 
Convivo todos os dias com a minha própria maternagem e a maternagem de outras mães e essa convivência tem me ensinado muita coisa sobre a melhor mãe do mundo.

Quem é ela? Ela existe?

Faço parte de alguns grupos virtuais de maternidade e sempre que consigo, leio as postagens para me inspirar, para me sentir mais "normal" (risos) nos meus questionamentos e angústias. Por vezes tento ajudar se de alguma forma isso me cabe, enfim. E sempre que aparece algum desabafo falando dos próprios limites, eu tenho vontade de abraçar e contar pra essa mãe que ela é a melhor mãe que pode ser pro seu filho, mesmo que aos olhos dos outros possa parecer que não.

Inevitavelmente, quando nos tornamos mãe, viramos "mar". E todos os afluentes de nossa existência vem desembocar nesta nossa nova configuração de vida. E é quando nos surpreendemos sendo apenas rio, com nossa força que avança, mas que precisa lidar com os próprios limites.

Sim, mãe tem limites! E são muitos, viu, como todo mundo. E esses limites vão sendo construídos durante toda a vida, dentro dos recursos que cada pessoa tem, no encontro com o que cada uma vive, desde seu nascimento. E eles se mostram, muitas vezes, com uma força descomunal diante do dia a dia da maternidade.

Ao tornar-se mãe, todas as alegrias, boas lembranças, gratificações, frustrações, traumas e faltas ressurgem, como se nos tirassem toda a roupa da alma e ela se mostrasse na sua mais pura essência, sem máscaras, sem maquiagem, sem nem ao menos um lencinho cobrindo aquela dor antiga, mas ainda tão presente. E como é difícil, às vezes, se ver tão exposta. Pra si mesma, no seu dia a dia, na sua prática, na sua construção desta nova identidade.

Tornar-se mãe é lidar o tempo todo com suas forças e seus limites, por isso que eu acredito que toda mãe é a melhor mãe que ela consegue ser.

E dentro das regras e imposições e crenças e blá, blá, blá, tudo o que dizem por aí, pode ser muito pouco. Mesmo uma mãe não consegue dar aquilo que ela mesma não tem. Não teve, não sabe.

Mas nenhuma mãe no mundo merece ser julgada por isso. Nenhuma mãe no mundo merece se sentir culpada por isso.

Se você, que é mãe, acha que precisa carregar alguma culpa, que seja esta aqui: a de permitir que te fizessem acreditar que você precisa passar por isso e dar conta de tudo sozinha! Não, não permita!

Essa é a maior mentira que contam pras mães todas, a de que ela vai desenvolver o tal poder mágico do instinto materno e sempre vai conseguir dar conta de tudo sem qualquer tipo de ajuda!

Olhar pros próprios limites, tentar superá-los, aprender a contornar o que não é possível mudar. Ô tarefa difícil que é questionar toda uma existência, ver toda a bagunça de dentro exposta sem saber direito por onde começar a arrumar.

Peça ajuda, sem medo! Aprenda a se perdoar por não conseguir ser aquela melhor mãe descrita nos "manuais", ela não existe! Aprenda a se respeitar e se amar com toda a  sua existência, com todos os limites e faltas, pacote completo. E acredite, você é a melhor mãe que seu filho pode ter, você é a melhor mãe que consegue ser! E acredite ainda, mãe sempre tem dúvida, por isso mesmo busca sempre se superar. Às vezes é possível, outras não e tudo bem. 

Cada um tem seu caminho pra trilhar. se hoje você se vê na pele da protagonista de sua própria transformação, amanhã você será testemunha do caminhar do seu filho, suas influências serão muitas, mas os passos serão dele, assim como é conosco hoje e foi um dia com as nossas mães. Cada caminho é único e só admite um caminhante!

E pra encerrar, deixo aqui meu poeminha "semvergonha", que fiz pra homenagear as mães com quem estive ontem nos devaneios da quarta (feira):




Hoje é o seu dia
Assim como ontem
E amanhã.

Se alguém disser o contrário, balela!
Dia das mães é todo dia!

Feliz dia das mães!

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