sábado, 24 de junho de 2017

Quem canta, em tempo, se encanta...

Quem canta, em tempo, se encanta. E, de quebra, seus males, espanta!




Toda vez que eu saio do coral, essa frase fica "dançando" dentro de mim!

Estou tão feliz que amanhã eu vou cantar! Estou me sentindo como criança se novo!
Hoje, quando estava à caminho do ensaio,fiquei especialmente emocionada. Acho que estava no pré a primeira vez que eu ouvi o coral da escola ensaiando. Fiquei encantada! Era tão, tão lindo! Não tive dúvidas de que eu queria fazer parte daquilo também.

Da minha lembrança, acho que pelo menos uma vez ao ano a escola abria testes para o coral. Mesmo sendo uma criança muito tímida, eu ia fazer os testes. Não lembro quantos eu fiz. Mas eu tentei, em vão, por muitas vezes, entrar pro coral.

Quando estava na oitava série, meu último ano naquela escola, por ocasião do aniversário da cidade, eu e duas amigas íamos recitar um poema na celebração. Mas toda vez q a gente ia ensaiar, a diretora nunca tinha tido tempo de escolher o tal poema e nós três ficávamos ali, esperando e ensaiando com o coral. Chegou o dia, nós cantamos o hino da cidade, lá no fim da fila. E eu achei que tinha realizado o meu sonho.

O tempo passou, ficou pra trás. 

Fui assistir a um filme, "A Bailarina" (escrevi sobre aqui), e a história do filme me fez lembrar de todos os meus antigos sonhos. Aí fui ticando todos eles e descobri que eu ainda tinha vontade de cantar. E fiquei pensando que, ao contrário do desejo de ser bailarina, que demanda uma disposição física que eu não tenho mais, cantar me pareceu mais acessível. E eu fiquei pensando que um dia desses eu ainda poderia fazer isso. E quem sabe até ter minha própria banda na terceira idade rsrs.

No início do semestre eu me inscrevi pra Oficina de Coral de Mães e Pais da EMIA. Nos outros anos eu já tinha olhado as oficinas, em especial a de bordados, mas nunca dava certo com meus horários. Este ano deu. E eu fui lá pra ver no que isso podia dar.

A diferença entre a professora dos testes do meu passado e da Vivi, minha professora de agora, é que, ao invés de me dizer que eu não tinha passado no teste, ela me acolheu e me ensinou. Acreditou que, não só eu, mas minha turma toda, podia sim cantar!

Fiquei pensando em todos os nãos que já ouvi na vida e que, sim, me tornaram mais forte. Mas pensei que ter uma mão pra segurar e ajudar a dar os primeiros passos, é o que de fato nos faz caminhar.

Pode parecer bobo para o resto do mundo, mas hoje, essa pequena realização, pra mim é o mundo inteiro!

Gratidão Vivi. Não sei que tarefa você recebeu quando assumiu essa oficina. Mas eu nunca vi nos seus olhos qualquer desaprovação para nenhum de nós ali nas aulas. Por isso hoje o meu desejo é que no mundo existam mais Vivis curadoras de sonhos!


Em tempo: só Deus sabe quanto de empenho precisei empregar nisso. Porque nessa fase da vida tem tanta urgência que vem antes de um desejo próprio, que toda terça era uma luta , seguir pra lá ao invés de ir atrás das pendências que sempre ficam pacientes me esperando e das quais nunca consigo dar conta (sempre sobra coisa pela metade). Mas o prazer e a alegria me acompam de volta pra casa, então na terça seguinte, vamos em frente!

Em tempo 2: no dia que cantamos o "Banaha" em cânone, fui transportada 34 anos no passado. E senti a mesma emoção de quando ouvi o coral da escola cantando o Hino da Independência: 

"Ou ficar a Paatria liiiivre, ou morreeeeer pelo Brasil
Ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil"

Amanhã de manhã tem apresentação. Estou ansiosa como nos tempos da escola, acho que virei criança de novo!

Em tempo 3: gratidão à minha turma do coral, que compartilham comigo toda terça a leveza e a graça, o poder de cura e uma boa dose de alegria, enquanto a gente tenta se entender entre pá pás, tum tuns e si si si si do lá dá...






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